A Organização Mundial da Saúde anunciou que o Brasil ainda poderá ter 1 mil novos casos de microcefalia confirmados e ligados ao vírus da zika nos próximos meses. A informação foi divulgada pelo especialista Anthony Costello e pelo diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde, Pete Salama, nesta terça-feira (22), em Genebra, na Suíça. Na última sexta-feira (18), a OMS determinou o fim da emergência sanitária internacional devido ao vírus. Salama voltou a falar sobre o assunto e disse que, quando a emergência foi declarada em fevereiro de 2016, não havia uma confirmação para a ligação entre a microcefalia e o zika. Segundo ele, agora a ligação é confirmada e por isso deve haver uma criação de um plano a longo prazo. Uma nova equipe deverá criar esse programa a ser instalado pela organização. Neste ano, a epidemia afetou mais de 75 países e, no Brasil, gerou mais 200 mil casos reportados de infecção pelo zika ao Ministério da Saúde. G1
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou hoje (14) no Diário Oficial da União (DOU) regras no intuito de dar mais segurança ao consumidor que decidir contratar um plano de saúde por meio de plataformas digitais, como portais na internet ou aplicativos disponíveis em smartphones. A partir de agora, as operadoras, administradoras de benefícios e corretoras que optarem por oferecer esse tipo de comercialização devem seguir o mesmo padrão quanto à divulgação de informações sobre os produtos disponíveis para venda e aos documentos necessários para a transação. Os prazos para conclusão do processo de compra e para a realização de perícia ou entrevista qualificada – se necessárias – também estão determinados na norma. “É importante destacar que a venda online é facultativa e não substitui a presencial, ficando a critério do consumidor a melhor forma de contratar um plano de saúde”, informou a ANS. Principais determinações Confira as principais determinações da resolução publicada pela agência: - Antes de finalizada a contratação por meio eletrônico, as operadoras devem apresentar as informações do contrato, entre as quais se destacam: nome comercial e número de registro do plano; tipo de contratação e suas peculiaridades; segmentação assistencial do plano de saúde; área geográfica de abrangência do plano de saúde; área de atuação do plano de saúde; padrão de acomodação em internação; formação do preço; e serviços e coberturas adicionais. - Todos os guias e manuais obrigatórios na contratação presencial devem estar disponíveis para impressão ou download e assinatura pelo interessado. - Uma vez encerrada a pesquisa e escolhido o plano de saúde mais indicado ao seu perfil, o consumidor deverá preencher todas as informações necessárias e enviar a documentação solicitada. O sistema eletrônico deverá gerar automaticamente número de protocolo de visualização imediata, que também será encaminhado para o e-mail cadastrado pelo interessado, esclarecendo as etapas de contratação. - Tanto para a contratação de planos individuais quanto de coletivos (por adesão ou empresariais), a operadora deverá, no prazo máximo de 25 dias corridos (contados a partir da data de envio das informações necessárias), concluir o processo de contratação e disponibilizar as opções de pagamento. Caso seja necessária a realização de perícia ou de entrevista qualificada, a operadora deverá oferecer ao consumidor no mínimo três opções de data e horário, dentro do prazo de 25 dias corridos. - A data de início de vigência dos contratos individuais fechados por meio eletrônico será o dia efetivo de pagamento da primeira mensalidade feito pelo beneficiário. Mas o consumidor deve estar atento: a disponibilização do pagamento somente poderá ocorrer ao final do processo de contratação, após o contratante assinar sua ciência e concordância com os termos do contrato. Os documentos poderão ser assinados das seguintes formas: certificação digital, login e senha após cadastro, identificação biométrica ou assinatura eletrônica certificada. - Em consonância com o Código de Defesa do Consumidor, a regra estipulada pela ANS prevê que o contratante poderá exercer seu direito de arrependimento e rescindir o contrato unilateralmente no prazo de sete dias a partir da data de vigência do contrato. Agência Brasil A pergunta parece inócua, mas está no centro de uma disputa entre a Ferrero, a empresa italiana que fabrica o produto, e a agência que controla e regulamenta os alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, a FDA. E a resposta do consumidor americano será crucial para solucionar o impasse. Atualmente, a FDA classifica a mistura de chocolate e avelãs como uma cobertura para sobremesas e exige a descrição das informações nutricionais (calorias, quantidade de açúcar e gordura, por exemplo) com base no valor de duas colheradas - no caso, 37g, que têm o equivalente a 200 calorias.Mas a Ferrero afirma que Nutella deve ser consumido em porções de uma colherada e pediu à agência que reclassifique o produto. A lógica da empresa é simples: com menos calorias estampadas no rótulo, o produto poderá ser mais atraente para os consumidores. A mudança, porém, exige uma reclassificação da Nutella para a categoria de pastas, e a FDA está consultando o público para saber como ele consome o produto. "Nossas mais recentes campanhas promocionais recomendam o consumo de um café da manhã balanceado, com a inclusão de Nutella como um complemento que pode ser adicionado a pães, frutas e laticínios", diz o texto de uma petição enviada pela empresa italiana ao FDA. A Ferrero inclui na documentação uma enquete com 722 mães de filhos de 3 a 12 anos que mostra 72% delas usando o produto em torradas, sanduíches e biscoitos e apenas 2% a usando como cobertura de sorvete, por exemplo. Calorias e afins "Vamos estudar o pedido, mas queremos ouvir a opinião dos consumidores, para que qualquer decisão reflita como as pessoas usam o produto", disse a FDA em um comunicado. Nos anos 90, o Nutella era uma popular opção para colocar sobre sorvetes e frutas que respondia por 46% do uso do produto. Mas mesmo que seja reclassificada, a Nutella seguirá sendo mais calórica que, por exemplo, a maioria das geleias, que contêm, em média, 50 calorias por colherada. O produto foi criado na década de 40 na região do Piemonte, na Itália, famosa produtora de avelãs. É "filha" do confeiteiro Pietro Ferrero, que lançou uma versão dura do produto, chamada Pasta Gianduja, que tinha de ser cortada com faca. A primeira versão pastosa - Supercrema- veio anos mais tarde; a Nutella que conhecemos nasceu em 1964. A Ferrero é a principal empresa consumidora de avelã do mundo e compra 25% da oferta das nozes no planeta. Terra Um paciente se revoltou com o atendimento recebido no Trauminha de Mangabeira, ficou fora de controle e deixou o expediente noturno do local bastante tenso na noite desta quinta-feira (3). Informações dão conta de que o paciente teria se revoltado durante um atendimento e chegou até a ameaçar a equipe médica. A Assessoria de imprensa do Trauminha informou que o paciente estava com problema na panturrilha e queria ser medicado imediatamente, mas o médico que o examinou achou por bem realizar um exame antes de fazer a medicação, o que não foi bem recebido pelo rapaz. O paciente, que queria apenas receber o remédio e ir embora, ficou fora de controle e começou a ameaçar o médico, chegou a dizer que iria buscar uma arma e atirou uma cadeira no profissional. Na confusão, uma porta de vidro foi quebrada. O rapaz foi retirado do local por amigos e familiares. A Polícia Militar foi chamada e realizou buscas na região, mas o acusado não foi encontrado. A equipe médica registrou a ocorrência na delegacia de Mangabeira. Com informações do Click PB. Portaria dos ministérios da Saúde e do do Desenvolvimento Social e Agrário, publicada hoje (27) no Diário Oficial da União, prorroga por mais 90 dias o prazo da estratégia de busca ativa e de conclusão do diagnóstico de todos os bebês com suspeita de microcefalia no país. A chamada Estratégia de Ação Rápida para o Fortalecimento da Atenção à Saúde e da Proteção Social de Crianças com Microcefalia garante o repasse de R$ 2,2 mil aos estados por cada caso notificado sob suspeita de microcefalia. O recurso é aplicado na localização, no transporte, na hospedagem e nos exames do paciente. De acordo com o texto, os 90 dias de prorrogação passam a ser contados a partir de 31 de julho, prazo de vigência da ação até então. A estratégia, instituída em março deste ano, já havia sido prorrogada uma vez, por 60 dias, em junho. O prazo inicial proposto pelo governo era 31 de maio de 2016. Ainda segundo a portaria, a decisão de prorrogar mais uma vez o prazo levou em conta a necessidade de esclarecer casos suspeitos de microcefalia notificados como em fase de investigação e garantir o acesso assistencial a exames, consultas e tratamentos especializados. O governo também considerou aspectos como o acompanhamento do desenvolvimento e do crescimento da criança na atenção básica, numa tentativa de trazer “o conforto de um diagnóstico definitivo e uma atenção humanizada e continuada do cuidado em saúde e na assistência social, adequada às necessidades de cada criança e sua família”. Estratégia A proposta da estratégia é esclarecer, no mais curto prazo e na forma mais confortável para as crianças e suas famílias, o diagnóstico de todos os casos suspeitos de microcefalia, otimizando o uso da capacidade instalada disponível e orientando a continuidade da atenção à saúde de todas as crianças com diagnóstico confirmado ou excluído para a doença. As informações são da Agência Brasil. A decisão agora terá o apoio de três entidades médicas brasileiras importantes, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia A necessidade do jejum de 12 horas para o exame que mede níveis de gordura no sangue – colesterol e triglicérides – tem sido muito discutida nos últimos dias. Pois agora três entidades médicas brasileiras de peso se posicionam oficialmente, validando a não obrigatoriedade desse jejum. São elas: a sociedade Brasileira de Cardiologia, a de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial e a de Análises Clínicas. Com isso, os laboratórios poderão em breve coletar amostras sanguíneas para as chamadas lipoproteínas (colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos), independentemente do fato de o paciente ter se alimentado previamente ou não.
Publicidade Há uma exceção: aqueles que apresentem concentrações de triglicérides acima de 440 mg/dL ao longo do dia (o normal é de até 175 mg/dL). Os laboratórios de todo o país já estão recebendo o comunicado com o novo posicionamento. A decisão foi tomada com base em diversos estudos recentes. Um deles, realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhague, e que envolveu 300 000 pacientes de países como Canadá, Estados Unidos e Dinamarca, detectou que as alterações de valores entre os grupos de pacientes com jejum prévio para o exame de sangue de colesterol e triglicérides, em relação aos pacientes que não realizaram o jejum, foi insignificante. Mas não é só isso. Tânia Martinez, cardiologista e coordenadora de Prevenção Cardiovascular para Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que também liderou a reunião no Brasil, explica que, quando o paciente fica muitas horas sem se alimentar, seus níveis de triglicérides caem e, se a coleta de sangue for feita quando as taxas estiverem baixas, o resultado pode mascarar o risco de lipoproteínas não metabolizadas e, devido a isso, possíveis doenças cardiovasculares. “É um novo parâmetro”, diz. Ainda segundo a entidade brasileira, o jejum já não era necessário para a realização do colesterol total e do HDL-c, o chamado “colesterol bom”, uma vez que o ideal é que o paciente mantenha sua dieta e hábitos alimentares de costume para a avaliação de sua real condição metabólica. As entidades brasileiras apoiam a flexibilização do tempo de jejum e entram em consenso com as diretrizes europeias da Federação Europeia de Química Clínica e Medicina Laboratorial e da Sociedade Europeia de Aterosclerose. Na Dinamarca, por exemplo, o uso de testes de colesterol em tempo aleatório, ou seja, sem a necessidade do jejum, tem sido realizado com sucesso desde 2009, o que tem beneficiado diabéticos, idosos e crianças. Médicos do Centro Médico Montefiore, em Nova York, concluíram, na manhã desta sexta-feira (14), uma complexa cirurgia de separação de gêmeos siameses unidos pela cabeça. Segundo a CNN, o procedimento de mais de 16 horas de duração foi bem-sucedido. Os gêmeos Jadon e Anias McDonald têm 13 meses e foram operados por uma equipe liderada pelo cirurgião James Goodrich, especialista nesse tipo de cirurgia. A mãe dos bebês, Nicole McDonald, postou uma mensagem na manhã desta sexta-feira no Facebook relatando que a operação foi realizada, mas que a situação ainda era complexa. Segundo Nicole, os bebês compartilhavam uma área de 5 x 7 cm do tecido cerebral e o cirurgião teve de decidir como dividi-lo "com base em seu instinto", já que não havia um plano definido. Nicole relatou ainda que um dos bebês, Anias, ficou debilitado pelo procedimento e está sendo mantido estável por meio de medicamentos. É possível, segundo a mãe, que ele não consiga mover um ou ambos os lados do corpo no início por causa da região do cérebro envolvida na cirurgia.
Nos próximos dias, os bebês estarão sujeitos a inchaço cerebral e acidente vascular cerebral (AVC). "Os próximos meses serão críticos em termos da recuperação e não sabemos com certeza como Anias e Jadon vão se recuperar nas próximas semanas", escreveu Nicole. Bem Estar Entre as novidades estão a inclusão dos meninos no público-alvo da vacina contra o HPV e a imunização de adolescentes contra meningite C O Ministério da Saúde ampliou a oferta de vacinas para adolescentes. Em coletiva realizada nesta terça-feira, o ministério anunciou a inclusão de meninos no público-alvo da vacinação contra HPV e a disponibilização da imunização contra meningite C para adolescentes.
A partir de janeiro de 2017, meninos de 12 a 13 anos receberão a imunização contra o papilomavírus humano (HPV). O esquema vacinal será de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Já para os que vivem com HIV, o esquema é de três doses, com intervalo de dois e seis meses, respectivamente. Nesses casos, é necessário apresentar prescrição médica. Ainda segundo o ministério, a faixa etária atendida será ampliada gradualmente até 2020, quando a vacina estará disponível para meninos de 9 a 13 anos. A expectativa da pasta é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/aids no Brasil. Segundo o governo federal, o Brasil será o primeiro país da América Latina e o sétimo no mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunização. Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá já fazem a distribuição da dose para adolescentes do sexo masculino. A inclusão segue a recomendação de sociedades médicas brasileiras como a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia e veio após estudos mostrarem que a inclusão dos meninos no público-alvo da vacinação contra a doença contribui para a diminuição do câncer de colo do útero e vulva das mulheres, já que isso possibilita a diminuição da circulação do vírus a população, o que beneficia o público feminino. O HPV é a principal causa de câncer de colo do útero. Além disso, os próprios meninos serão beneficiados, já que a vacina protege contra câncer de pênis, garganta, ânus e verrugas genitais. A vacina contra o HPV já faz parte do Programa Nacional de Imunizações desde 2014 e atualmente é indicada para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, também serão incluídas as meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses. Meningite A ampliação da vacinação contra a meningite C para adolescentes de ambos os sexos com idade entre 9 e 13 anos ocorrerá de forma gradativa entre 2017 e 2020. A estratégia busca reforçar a eficácia da imunização já aplicada em crianças de 3, 5 e 12 meses mas que, com o passar dos tempo, pode perder parte de sua proteção e também tem efeito protetor de imunidade rebanho (quando há proteção indireta de pessoas não vacinadas em razão da diminuição da circulação do vírus). A meningite é uma doença considerada endêmica no Brasil e o subtipo C é o mais frequente, representando cerca de 60% a 70% dos casos de meningite no Brasil. A meta do governo é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Segundo o ministério, a ampliação só foi possível graças a economia de R$ 1 bilhão por meio da revisão de contratos e redução de valores de aluguéis e outros serviços. Parte dos recursos está sendo investida na produção nacional da vacina pela Fundação Ezequiel Dias. O uso abusivo já foi relacionado à depressão, ansiedade, estresse, assim como alterações na satisfação sexual, amorosa e pior qualidade de vida O consumo exagerado de pornografia têm preocupado usuários, cientistas, psicólogos e terapeutas sexuais. Reportagem de VEJA desta semana mostra que pesquisadores já falam na possibilidade de um vício em material pornográfico, que funcionaria à semelhança de drogas como a cocaína. Mas a questão está longe de um consenso na comunidade científica. Estudos internacionais estimam que entre 50% e 99% dos homens gostam de acessar material adulto na internet. No caso das mulheres, a taxa varia de 30% a 86%. Os dados são semelhantes no Brasil. É fato que o uso da pornografia pode colaborar para uma vida sexual mais saudável. Os vídeos podem ajudar, por exemplo, a fazer com que uma pessoa conheça melhor o próprio corpo, o que dá prazer. É crescente, contudo, o número daqueles que enfrentam o lado negativo da pornografia. Calcula-se que um em cada dez consumidores de material pornográfico não consegue interromper o hábito de forma alguma. Protegidos pelo anonimato, eles relatam nas redes sociais e em fóruns da internet que a prática se tornou compulsiva, o que causa grandes prejuízos tanto na vida pessoal quanto na sexual. “A pornografia me deixava depressivo preguiçoso. Era uma verdadeira batalha para levantar e encarar o dia. Chegava a ponto de evitar muitas situações sociais, a não ser que estivesse bêbado. Agora, longe totalmente dos vídeos, passei a toneladas de energia. Inclusive para transar.”, contou um usuário. Na tentativa de se livrar da dependência, os viciados, por assim dizer, provocaram um fenômeno nas redes sociais — o de pessoas que defendem a privação absoluta de sexo virtual. Longe de questões morais e religiosas, o que se quer é voltar a sentir prazer com corpos reais. O movimento, chamado de “porn-reboot” ou reinicialização ao pornô, em livre tradução, já tem milhares de seguidores no mundo todo, incluindo o Brasil. Os adeptos descrevem os benefícios sociais, físicos e mentais da abstinência. Um dos maiores entusiastas do assunto, o biólogo americano Gary Wilson, da Universidade Soutern Oregon, defende a abstinência como forma de tratamento. “De dois a seis meses longe da pornografia impactam positivamente na vida social, afetiva e, sobretudo, sexual.” O conselho de Wilson está longe de ser um consenso entre os cientistas.
O uso abusivo já foi relacionado à depressão, ansiedade, estresse, assim como alterações na satisfação sexual, amorosa e pior qualidade de vida. Homens que se masturbam com frequência podem enfrentar outra lista de problemas. Muitos relatam não atingir o orgasmo durante uma relação sexual com facilidade, possuem ereções instáveis e também têm dificuldade de se excitar com parceiras reais. Ou seja, quando estão entre quatro paredes, fica difícil reproduzir a perfeição alcançada pela combinação de estímulos visuais da pornografia e dos movimentos mecânicos da masturbação, no ritmo e intensidade ideais. As mulheresElas também estão suscetíveis ao vício, mas ainda em menor número. Homens e mulheres costumam se relacionar com a pornografia de formas completamente diferentes. Eles são mais atraídos por vídeos que mostram atos sexuais fora de contextos. Preferem ver órgãos sexuais e posições específicas em close-up. Elas costumam ter prazer com histórias mais completas, que evoluem para o sexo. Há quem justifique essa diferença a partir de mecanismos evolucionistas. A verdade é que só muito recentemente as mulheres entraram no radar da indústria pornô. Algumas produtoras criam conteúdos específicos para agradar o desejo feminino. O mundo virtual derrubou as barreiras para elas. Antes, poucas estavam dispostas a se submeter ao julgamento da sociedade para comprar uma revista em uma banca de jornal ou alugar um filme pornô em uma locadora. Com a internet, é possível acessar conteúdo explicito de forma discreta. Há ainda que se levar em conta, evidentemente, a liberalização dos costumes. Hoje, no Brasil, 33% dos acessos a grandes canais de pornografia são feitos por mulheres. No mundo, a média é um pouco menor, de 25%. A maioria delas é formada por garotas de 18 e 24 anos. A nova geração de meninas tem mais liberdade para explorar a própria sexualidade. Identificada na última década, a síndrome da doença pós-orgásmica também causa dificuldades de memória e de concentração Para alguns homens o orgasmo pode não ser uma experiência prazerosa. Isto ocorre por causa da síndrome da doença pós-orgásmica (POIS, na sigla em inglês), um problema raro que afeta exclusivamente os homens e causa sintomas que vão desde cansaço e febre até diarreia. De acordo com aBBC Brasil, a doença, desoberta em 2002 pelo cientista holandês Marcel Waldinger, neuropsiquiatra da Universidade de Utrecht, na Holanda, já foi identificada em pouco mais de 200 homens. Mas Waldinger acredita que sua incidência pode ser mais comum do que os números indicam.
Isso porque muitos homens não falam sobre o problema por causa da vergonha e confusão que os sintomas causam. Outros sequer sabem que o que têm é uma síndrome. Alguns pacientes enfrentam o transtorno durante a vida toda e têm o chamado “POIS Primário”. Em outros casos, apelidados de “POIS Adquirido”, a doença se desenvolve com o passar dos anos. Possíveis causasEm relação às possíveis causas, desde sua descoberta, cientistas identificaram várias, que variam entre uma possível alergia ao próprio sêmen a um distúrbio neurobiológico. Mas, Waldinger acredita que o problema pode ter uma base psicológica. Um estudo realizado este ano com 45 homens que sofrem da doença apontou uma nova possível causa para a POIS: uma reação autoimune ao plasma seminal. Caso seja isso, os cientistas acreditam que esta reação pode ser tratada com injeções regulares de sêmen diluído. Esse tratamento ainda está em fase experimental e só foi administrado em dois pacientes. Outras possíveis causas sugeridas por Waldinger em um novo relatório são uma disfunção da glândula pituitária e a deficiência de testosterona. Já Barry Komisaruk, cientista especializado em respostas neuronais a estímulos sexuais e diretor do Programa de Pesquisa Biomédica da Universidade de Rutgers, em Newark, Estados Unidos, sugere que a doença está ligada à atrofiação do nervo vago ou pneumogástrico, um nervo craniano que envia impulsos para quase todos os órgãos. “Muitos dos sintomas que os pacientes apresentam são mediados pelo nervo vago”, explicou Komisaruk. SintomasEntre os sintomas da doença estão cansaço extremo, dificuldades de memória, problemas de concentração, debilidade da musculatura, febre ou sudorese extrema, diarreia, calafrios, alterações do estado de ânimo, geralmente irritabilidade, discurso incoerente, congestão nasal e olhos ardendo. Todas essas manifestações aparecem alguns segundos, minutos ou poucas horas após a ejaculação e podem durar entre dois e cinco dias. TratamentoAs variações de sintomas de um paciente para outro e a ausência de uma causa específica dificulta o desenvolvimento de um tratamento único. Pacientes já tentaram tratamentos à base de vitaminas, adesivos de testosterona, eliminação de laticínios de suas dietas, sedativos e antibióticos. No entanto, até o momento, a medida mais eficiente para evitar o problema é, infelizmente, a abstinência sexual. Homens que sofrem com a síndrome da doença pós-orgásmica participam do Fórum POIS Center, um lugar onde compartilham suas experiências e falam sobre truques para tentar driblar os sintomas. Apesar da ausência de um tratamento eficaz, para muitos usuários do Fórum o importante por enquanto é divulgar mais a doença e assim aumentar as chances de se encontrar uma cura. |
AutOResMarcelo Lima arquivos
December 2016
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