Os motoristas do Uber de João Pessoa começam a receber dinheiro para pagamentos das viagens a partir desta terça-feira (8). Antes, o pagamento só era feito através de cartão de crédito. O serviço começou a funcionar no dia 21 de setembro na capital. O aplicativo Uber conecta motoristas parceiros a usuários que desejam um motorista particular. De acordo com a gerente de comunicação da empresa, Letícia Mazon, em junho deste ano o Uber foi questionado pelo Procon de Fortaleza sobre o aplicativo não aceitar pagamentos em dinheiro, e os clientes também questionavam sobre as dificuldades de usarem apenas cartão de crédito no cadastro. Com isso, a empresa passou a analisar a oferta da nova forma de pagamento na região Nordeste. Segundo dados do Uber, no Nordeste, mais especificamente em Fortaleza, Recife e Salvador, cidades onde o aplicativo era presente até o momento, 60% dos usuários que tinha baixado o aplicativo paravam o cadastro no momento de colocarem os dados do cartão de crédito, seja porque era inválido, por falta de limite ou por recusa. A partir desses dados, o Uber tomou a decisão de oferecer o pagamento em dinheiro nas cidades do Nordeste. G1
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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta segunda-feira (31), realizou Audiência Pública com o objetivo de debater sobre a proibição do uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para transporte remunerado individual de pessoas (UBER). A audiência foi solicitada pelo deputado estadual João Gonçalves através do Requerimento 5903/2016. O deputado estadual João Gonçalves ressaltou a importância de trazer à Casa de Epitácio Pessoa representantes dos taxistas, assim como da UBER para debater a respeito do uso do aplicativo no estado. O parlamentar demonstrou preocupação com a chegada do aplicativo em João Pessoa e se posicionou contrário à regulamentação do serviço, através da apresentação do projeto de lei que visa proibir a prestação do serviço por aplicativo. Para João Gonçalves, a categoria de táxi paga impostos para poder funcionar, enquanto que o UBER não repassa valor alguns aos governos estadual e municipais. “Os taxistas pagam impostos e até mesmo para fazer uso de um crachá, o taxista tem que pagar. Tudo é pago à prefeitura. Por onde ando no país, onde o UBER entrou tem quebrado a categoria e em João Pessoa pode não ser diferente”, alertou o deputado. O presidente do Sindicato dos Taxistas, Adauto Brás, agradeceu a atitude do deputado João Gonçalves em promover o debate na Casa de Epitácio Pessoa. Adauto afirmou que a categoria tem se reunido constantemente para debater sobre o uso do aplicativo em João Pessoa, mas tem evitado realizar manifestações nas ruas da Capital em respeito à população. “Somos a única capital onde a categoria não foi pra rua, não fomos confrontar, porque nós temos o respeito da população e a nossa preocupação é com a população”, argumentou o presidente do sindicato. Adauto questionou constitucionalidade do aplicativo em transportar passageiros e opinou que da forma como o serviço vem funcionando é ilegal. “Se ela é uma empresa tão responsável, porque primeiro ela não vai conquistar juridicamente o que pode ou não para poder trabalhar?”, questionou o sindicalista. Adauto Brás solicitou aos deputados atitudes que venham a defender os taxistas e declarou que teme a extinção da categoria. O presidente da empresa Tele-Táxi, José Carlos Cassimiro, afirmou que o funcionamento do UBER em João Pessoa tem prejudicado diretamente os taxistas. “Nós geramos empregos. Estamos dando emprego, inclusive, através do call-center e, atualmente, temos rádios parados devido à falta de possibilidade de contratação”, argumentou. Já o presidente da empresa Disk-Táxi, Eronildo Cavalcanti, afirmou que o que vem seduzindo os usuários do UBER é o preço, mas teme que este seja alterado sem aviso prévio, já que a empresa não obedece a nenhum tipo de regulamentação. “A gente precisa focar no interesse da população, porque ela está sendo lesada e não está ciente disso. O barato vai, com certeza, sair caro”, afirmou. O representante da Coopertáxi, Luís Joaquim de Souza, disse estar apreensivo com o serviço que vem sendo oferecido pelo aplicativo e teme que a possível regulamentação do UBER venha a ocasionar desemprego na categoria. “O aplicativo não gera emprego e não gera renda para o município nem para o estado”. O juiz de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública, Antônio Carneiro de Paiva Junior, concedeu liminar favorável ao Sindicato das Empresas de Hotelaria e Alimentação de João Pessoa proibindo qualquer tipo de abordagem dos taxistas contra os motoristas que utilizam do aplicativo Uber na capital paraibana. A liminar foi conseguida pelo escritório de advocacia Madruga, Wanderley, Valadares e Henriques, nesta sexta-feira (21). De acordo com o juiz, a liminar é necessária para “evitar atos de constrangimento ou de violência relativos à atividade” do Uber em João Pessoa. Em decorrência da gravidade dos fatos denunciados que envolvem atos de violência por parte de alguns taxistas, o juiz decidiu por proibir “qualquer abordagem ou ato tendente a impedir o tráfego de veículos Uber”. Caso algum motorista seja flagrado deverá pagar uma multa no valor de R$ 2 mil. O presidente do Sindicato das Empresas de Hotelaria e Alimentação, Graco Parente, disse que a medida se fez necessária em decorrência da realização do Festival do Turismo de João Pessoa, que deve atrair mais de três mil agentes e operadores de viagens de todo o Brasil. “A medida visa não nublar o sucesso do evento, que é considerado um dos mais influentes e importantes do Norte e Nordeste”, enfatizou o empresário. O Festival JPA começa nesta sexta-feira até sábado (22), no Centro de Convenções. Graco Parente participou da audiência na 4ª Vara da Fazenda, nesta sexta-feira, oportunidade em que foram narrados diversos atos de violência contra os motoristas do Uber, inclusive, agressões físicas e ameaças quando estacionavam o veículo para desembarcar e embarcar hóspedes na frente dos hotéis da orla de João Pessoa. Participaram da audiência os representantes do escritório de advocacia; e Cristiano Queiroz da Nóbrega, representante da Semob-JP, responsável pela fiscalização em conjunto com a Polícia Militar. |
AutOResMarcelo Lima arquivos
December 2016
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