Um Objeto Voador Não Identificado (OVNI) foi visto no céu da cidade de Cajazeiras na tarde desse domingo (6). O fato foi narrado pelo professor universitário Gildemar Pontes, que também é observador desse tipo de fenômeno. O educador postou em uma rede social duas fotos que foram registradas por câmera de um empresário da cidade na Zona Rural do município. Ele explicou que não se trata de planeta, pois teria movimento de acordo com a rotação da Terra, o que não ocorria com o ponto luminoso registrado no céu, que se manteve fixo por duas horas. Gildemar Pontes informou que observou o objeto por volta das 16h. “Não se mexia”, disse o professor, acrescentando que o ‘fenômeno’ foi visto em outras cidades. “Quando foi escurecendo ele sumiu e não poderia, caso se tratasse de planeta ou estrela, pois ficaria mais visível a noite”, explicou o professor, informando que solicitou justificativa do Instituto de Pesquisa Espaciais, porém, ainda não obteve retorno. O assunto dividiu as opiniões na rede social. Uns acreditam realmente que se trata de planeta, outros discordam e teve até quem nem deu importância ao caso Diário do Sertão
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Guarabira é uma das mais importantes cidades do interior do Nordeste. É conhecida como a “Rainha do Brejo”. Situada numa das regiões de solo mais fértil do país, é um polo regional relevante em todos os sentidos. Possui localização geográfica estratégica. Fica à cem quilômetros de João Pessoa e pouco menos que isso, de Campina Grande. Cento e oitenta quilômetros de Natal e duzentos e cinquenta de Recife. Integra uma região populosa e com expressões artísticas e culturais reconhecidas nacional e internacionalmente. Possui teatro, museu e outros equipamentos culturais. Mas, vem sendo gerida com as mãos de ferro das oligarquias. Grupos familiares se revezam na prefeitura. Políticos que não dialogam e até desprezam a efervescência natural dos movimentos culturais da cidade. Todavia, os artistas e produtores locais não se entregam. Nunca baixaram a cabeça diante da hegemonia conservadora. Se articulam, se movimentam, criam espaços, reinventam-se, reviram as tradições e dialogam com o futuro. Estabelecem alianças com outras margens da cidade, do estado e do planeta. Nas relações humanas, na diversidade cultural, no exercício das liberdades individuais e na convicção de estabelecer uma trincheira de paz em meio ao caos do nosso tempo. É isso que sustenta a resistência cultural em Guarabira. Nos últimos anos a Associação de Arte e Cultura de Guarabira – AACG estimula ações na cidade. Entre elas, um evento muito interessante realizado em praça pública, o Café com Poeira. Toda sexta-feira tem hip-hop, ou rock, performances, MPB, teatro, lançamentos de livros e os inevitáveis debates contemporâneos liberados na voz de cada um. São os diferentes buscando a igualdade. Algo que precisa ser visto com olhar sensível e não com condenações apenas revelam preconceito de classe. São os protagonistas do nosso tempo. Precisam ser reconhecidos e não condenados por isso. O Café com Poeira se destaca. Claro, contra a vontade de alguns. Presta relevante serviço para a sociedade brejeira. Principalmente diante da morbidez massificada de alguns grandes e milionários eventos. Desses que zeram os cofres públicos para a cultura local. Traz semanalmente para a praça a potencialidade criativa e humana das suas comunidades, da sua intelectualidade. Mostra a cidade como ela é. Sem máscaras. Com sua beleza sem espelhos nem vaidades. Expõe um certo cosmopolitismo do abandono. Se discute comportamento com a maturidade natural da juventude. Exemplo para uma sociedade que permanece calada diante do extermínio de jovens negros, dos crimes homofóbicos e machistas. Café com Poeira é uma bunda na janela da mediocridade. Antes de segregar, os poderes constituídos deveriam acolher e debater as questões que transbordam por ali. Afinal, a realidade dos bairros não é só boteco farmácia e igreja. O discurso bem estruturado dos artistas do Hip-Hop de Guarabira, por exemplo, nos mostra o quanto precisamos conversar. Nossa juventude precisa de políticas públicas e não de repressão e exclusão. O Brejo paraibano possui organizações sociais históricas. Não apenas em termos de estrutura física. Mas, também quanto aos valores humanos. Mesmo que às vezes exagerem na informalidade. A verdade é que produzem ações efetivas e legítimas. Na maioria das vezes, sem apoio e sem reconhecimento algum do poder público e da sociedade. Café com Poeira é um exemplo do vigor, da energia urbana que se esparrama pela Paraíba. Traduz com exatidão a força que desloca a periferia para o centro e o centro para a periferia. Uma força que não se entrega à barbárie proposta pelas classes dominantes. Resiste e quer ser ouvida e reconhecida dentro e fora dos complexos institucionais. Desta convivência afetiva, social, cultural e artística, haverá de nascer uma nova consciência na Rainha do Brejo. Por exemplo, a consciência que receber artistas de fora é muito bom pra cidade. Mas, valorizar os de casa é fundamental para que toda a sociedade brejeira construa uma vida mais harmônica, democrática e progressista. Afora isso, sobra apenas o fundamentalismo religioso e político que tanto mal tem feito ao mundo e que tanto cresce por aqui. |
AutOResMarcelo Lima arquivos
December 2016
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