O chefe da Controladoria Geral da União (CGU) na Paraíba, Gabriel Wright, em entrevista ao Paraíba Já, afirmou que já atendeu à solicitação do procurador da República Yordan Delgado, responsável pelo inquérito civil que investiga desvios de R$ 10 milhões na obra de revitalização do Parque Solon de Lucena (Lagoa), apontados em relatório da CGU. E garante que ainda não há nenhum fato que possa reverter o teor do relatório, que aponta diversas irregularidades na obra. No dia 5 de outubro, O MPF solicitou a presença de um auditor da CGU para avaliar a defesa da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) apresentada às investigações do inquérito civil. Além disso, Yordan também solicitou da Polícia Federal, cópias das diligências realizadas desde o início do inquérito criminal e das diligências que estão em andamento. De acordo Wright, além do auditor, ele mesmo também compareceu à sede do MPF para uma audiência com Yordan. O que foi o pedido à CGU foram explicações sobre o relatório e análise das respostas da PMJP. “Às vezes só o papel fica meio complicado para entender nossa auditoria. Levei um auditor comigo para audiência, explicamos o relatório, tiramos algumas dúvidas. O produto da CGU é o relatório. Ele já tinha pedido os documentos que foram base para o nosso relatório e nós enviamos. O que existe agora é o processo pelo MPF e pela Polícia Federal. A gente sempre auxilia o Ministério Público e a Polícia Federal, somos órgãos parceiros e de controle também. Se houver a necessidade de uma nova auditoria da CGU, podemos até fazer, mas até agora não foi necessário. O relatório está claro. Reiteramos nosso relatório. Não há nenhuma fato que aponte que nós incorremos em erro. O relatório foi feito com critérios estritamente técnicos, está bem subsidiado. Houve uma falta de controle da obra por parte da Prefeitura de João Pessoa e a CGU mantém o teor do relatório”, declarou.
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Após depoimentos dos secretários da gestão da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), Cássio Andrade (Infraestrutura) e Zennedy Bezerra (ex-Planejamento e atual Articulação Política) ao procurador da República Yordan Delgado, responsável pelo inquérito civil que investiga desvio de recursos na obra de revitalização do Parque Solon de Lucena (Lagoa), o Ministério Público Federal da Paraíba (MPF) solicitou da Controladoria Geral da União (CGU) um auditor para avaliar a defesa apresentada pela prefeitura. Mais ainda: solicitou também cópias das diligências realizadas até então no inquérito criminal, executado pela Polícia Federal. Yordan enviou os ofícios para o chefe da CGU na Paraíba, Gabriel Wright, e para o delegado federal que está responsável pelo inquérito criminal que apura o Caso da Lagoa, José Juvêncio de Almeida Neto, no último dia 5 de outubro deste ano. Da solicitação feita ao delegado da Polícia Federal, também foi pedido a lista de diligências que estão em execução. Em novembro de 2015, a CGU divulgou relatório técnico das auditorias de obras e programas executados nos municípios paraibanos. Especificamente sobre a obra de revitalização da Lagoa, orçada em aproximadamente, R$ 40 milhões, sendo 98% dos recursos do governo federal, o órgão conclui que foram desviados R$ 10 milhões nas etapas de desassoreamento e construção do túnel. Em contrapartida, a PMJP divulgou, à época, que foram retiradas mais de 200 mil toneladas de lixo do principal cartão postal do Centro da Capital. Com a retirada desse material, a prefeitura alega que a profundidade da Lagoa seria algo em torno de 3,5 metros. Mas, não foi isso que a população percebeu esta semana, quando um homem caminhou até o centro da Lagoa e não afundou. |
AutOResMarcelo Lima arquivos
December 2016
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