O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse nesta segunda-feira, em Washington, que uma reforma política no Brasil é imprescindível e que a grande dificuldade em fazê-la é o interesse dos grupos que estão no poder. - Acredito que a Lava-Jato tornou o sistema político-eleitoral brasileiro bem mais transparente e permeável - disse o ministro. O ministro disse que os fatos que estão sendo revelados pela investigação do financiamento da chapa Dilma/Temer são "extremamente graves". Ele disse que os valores declarados eram bem mais baixos que os valores reais, mostrando que o uso do caixa dois não estava extinto no Brasil. De acordo com o ministro, Dilma declarou gastos de R$ 360 milhões, mas estimativas indicam que sua campanha gastou em 2014 R$ 1,3 bilhão. O ministro também falou sobre a proposta de tornar o voto facultativo no Brasil, assim como é nos Estados Unidos. Ele afirmou que o STF é contra o voto facultativo, mas é bastante tolerante com abstenção ao aplicar multas razoáveis. Mendes disse que o exemplo do Chile, que só teve 35% da participação da população nas eleições depois que passou a ter voto facultativo, comprometeu a legitimidade do processo, e "deve nos dar reflexão". Gilmar Mendes e o ministro Teori Zavascki estão na capital americana na véspera de os americanos decidirem quem vai ocupar a Casa Branca a partir de janeiro, a convite da Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais, como observadores das eleições. Eles também participam de um evento organizado pelo Wilson Center como palestrantes sobre o sistema eleitoral brasileiro. O Globo
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AutOResMarcelo Lima arquivos
December 2016
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